Queratose Seborreica

Câncer de Pele

Queratose seborreica ou ceratose seborreica é uma lesão de pele benigna que não tem qualquer risco de transformação em câncer de pele. Por ser uma lesão escura, que pode ter mais de uma cor e de bordas irregulares, a queratose seborreica pode ser confundida com câncer de pele, especialmente melanoma.

Fatores de risco para queratose seborreica

  • Genética: Queratose seborreica tem uma origem genética importante, sendo comum em pessoas de pele clara, principalmente de ascendência europeia
  • Local do corpo: Não tem relação com exposição solar. Aparece em geral no tronco e face, sendo menos frequente nos membros. Pode acometer também couro cabeludo.
  • Idade: Ocorrem com maior frequência após os 40 anos de idade.

Como reconhecer uma queratose seborreica

As queratoses seborreicas são lesões escuras, de bordas irregulares, normalmente sendo sobrelevadas, altas. Costumam ter um aspecto verrucoso com superfície áspera. São em geral múltiplas, sendo frequentes no tronco e rosto, podendo ocorrer também em membros e couro cabeludo. São lesões friáveis, que podem machucar com facilidade, podendo até apresentar sangramento. Em geral a cicatrização é rápida, o que ajuda a diferenciar de um câncer de pele, que forma feridas que não cicatrizam.

Por vezes exibem características da regra do ABCD, como assimetria, bordas irregulares, cor escura e tamanho maior que 6 milímetros, o que faz com que sejam confundidas com melanomas. Por isso, é fundamental que lesões suspeitas sejam examinadas por um dermatologista experiente.

Queratose seborreica, lesão escura, de bordas irregulares e superfície verrucosa e áspera. Podem se confundir com melanoma, exibindo características da regra do ABCD

Tratamento do queratose seborreica

Não há necessidade de tratamento por ser uma lesão benigna. Mas por razões estéticas muitos pacientes buscam pelo tratamento da queratose seborreica. Existem vários tratamentos, desde cirurgia, remoção a laser, remoção com ácidos ou crioterapia.

Referências bibliográficas

  1. Karadag AS, Parish LC. The status of the seborrheic keratosis. Clin Dermatol. 2018 Mar – Apr;36(2):275-277.
  2. Kao S, Kiss A, Efimova T, Friedman AJ. Managing Seborrheic Keratosis: Evolving Strategies and Optimal Therapeutic Outcomes. J Drugs Dermatol. 2018 Sep 1;17(9):933-940.

Autor:

Dr. Gustavo Alonso

Dermatologista – CRM – SP: 97410 | RQE – 37815