7 dúvidas sobre câncer de pele

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Quais os tipos de câncer de pele?

Câncer de pele é um crescimento descontrolado das células da pele. Portanto, qualquer célula da pele pode acabar se transformando num câncer. Os 3 tipos mais comuns de câncer de pele são:

Carcinoma basocelular: Câncer de pele mais comum, originado da camada basal da epiderme, portanto, chamado de basocelular.

Carcinoma espinocelular: Segundo tipo mais comum de câncer de pele, originado da camada espinhosa da epiderme.

Melanoma: Tipo mais agressivo de câncer de pele, originado dos melanócitos, células que produzem pigmento (melanina), responsáveis pela cor da pele.

Quando suspeitar de um câncer de pele?

Infelizmente o câncer de pele no início pode ser assintomático, pode não apresentar dor, coceira ou sangramento, estes sintomas em geral se associam a tumores mais avançados. Os principais sintomas indicativos de câncer de pele se relacionam ao seu aspecto visual:

  • Crescimento ou mudança: Uma lesão de pele que apresenta crescimento rápido, ou mudança em curto período de tempo deve ser considerada suspeita.
  • Ferida que não cicatriza: Uma ferida que não cicatriza após 15 dias é suspeita.
  • Regra do ABCD: Uma lesão Assimétrica (se dividir ao meio, as metades não são iguais), de Bordas irregulares, múltiplas Cores e Diâmetro acima de 6 milímetros é suspeita.

Uma pinta pode virar um câncer de pele?

Sim, pode! Pintas ou sinais, chamados de nevos melanocíticos pelos médicos, podem se transformar em um melanoma, o mais agressivo dos cânceres de pele. Por sorte, esta transformação é bastante rara. Sabemos que 70% dos melanomas surgem do nada, sem uma pinta prévia. E 30% dos melanomas aparecem pela transformação de uma pinta pré-existente. Por isso é fundamental ficar atento a pintas ou sinais que estejam mudando! Mudança de cor, mudança de formato, mudança de relevo ou crescimento são sinais de alerta! Se uma pinta no seu corpo estiver mudando procure um dermatologista.

Câncer de pele é pode dar metástases? Espalhar pelo corpo?

Pode sim. O surgimento de metástases, quando o câncer espalha pelo corpo, varia de acordo com cada tipo de câncer de pele. Carcinoma basocelular muito raramente da metástases, já o carcinoma espinocelular pode dar metástases em 5% dos casos, em especial tumores maiores que 2 cm de diâmetro, ou tumores em pacientes com imunodepressão. O melanoma, pelo seu comportamento mais agressivo, pode metastizar com mais frequência, sendo que o risco de metástases depende do índice de Breslow.

Câncer de pele pode matar?

Sim, infelizmente pode. A maioria das mortes por câncer de pele são causadas por melanoma, um tumor bastante agressivo que pode espalhar pelo corpo e levar a morte. Por mais que tenha um comportamento menos agressivo que o melanoma, carcinomas espinocelulares também pode, mais raramente, levar a óbito, especialmente em pacientes que tenham algum tipo de imunossupressão, como por exemplo transplantados. Contudo, quase todos os cânceres de pele podem ser curados quando diagnosticados cedo.

Quais as chances de cura de um câncer de pele?

Muito grandes, quase todos os casos iniciais de câncer de pele são curáveis por cirurgia, independente do tipo de câncer de pele. Mesmo o melanoma, um dos tipos mais agressivo de câncer de pele, pode ser curado por cirurgia quando diagnosticado precocemente. Por isso é tão importante procurar um dermatologista ao encontrar um lesão suspeita de câncer de pele.

Como o sol causa câncer de pele?

A forma pela qual a radiação solar causa câncer de pele é bastante complexa, porém conseguimos simplificar dividindo em 2 principais mecanismos:

  • Causando mutação no DNA das células e
  • Diminuindo o funcionamento do sistema de defesa, impedindo que o corpo identifique e elimine células cancerosas.

A radiação solar consegue penetrar na pele e gerar dano ao DNA das células da pele, causando mutações. Estas mutações acabam levando a célula a se multiplicar infinitamente e desta forma surgindo o câncer. Nosso corpo é preparado para combater estas células que sofreram mutação, identificando-as e eliminando-as, assim evitando o câncer. Contudo, a radiação ultravioleta também atua sobre nosso sistema de defesa da pele, impedindo seu funcionamento adequado e aumentado a chance do surgimento do câncer.

               E claro, a radiação ultravioleta acaba atuando em sinergia com outras possíveis causas de câncer de pele, como tabagismo, imunodeficiências e uma baixa vitamina D.

Autor:

Dr. Gustavo Alonso

Dermatologista – CRM – SP: 97410 | RQE – 37815