Cirurgia de câncer de pele

Câncer de Pele, Tratamentos

A cirurgia do câncer de pele segue os mesmos princípios do tratamento de qualquer câncer. O primeiro tratamento é o que tem a maior chance de cura! Isto é, devemos escolher sempre o melhor tratamento possível, que tenha a menor chance de recidiva e o melhor resultado cosmético e funcional na primeira tentativa.

A cirurgia é na maioria das vezes o melhor tratamento para o câncer de pele, tendo os melhores índices de cura com baixo risco de recidiva. Os tratamentos não cirúrgicos são reservados a casos de tumores simples e superficiais ou quando o paciente não tiver condições médicas de fazer cirurgia. Na maioria dos casos a melhor indicação é a cirurgia.

Na cirurgia remove-se o tumor mais uma margem de segurança de pele sadia. Esta margem de segurança varia de acordo com o câncer a ser tratado.

Carcinoma Basocelular:              0,3 a 1,0 cm de margem

Carcinoma Espinocelular:            0,5 a 1,0 cm de margem

Melanoma Maligno:                    0,5 a 2,0 cm de margem

Como podemos notar, o carcinoma basocelular tem as margens de segurança menores justamente por ter um comportamento menos agressivo. Para cada tipo de tumor uma série de informações são levadas em consideração para determinar qual a margem cirúrgica adequada. Informações como localização e tamanho do tumor, tipo histológico, idade do paciente e se o tumor é recidivado ou não. Quanto maior a agressividade do tumor, maiores as margens de segurança.

Por vezes os limites do tumor podem ser difíceis de serem delimitados. Nestes casos o uso da dermatoscopia pode ajudar a delimitar melhor o tumor e consequentemente as margens de segurança.

Nos casos mal delimitados, nos casos recidivados ou nos casos mais agressivos está indicada a cirurgia de Mohs. Nesta cirurgia avalia-se 100% das margens do tumor por meio de um exame microscópico, aumentando os índices de cura.

Uma vez curado o tumor, uma vez que o câncer seja completamente removido, é feita a reconstrução do defeito cirúrgico. Dependendo do tamanho do defeito e de sua localização existem diferentes técnicas para esta reconstrução. A preocupação inicial é com a retirada completa do tumor, uma vez removido o tumor a segunda preocupação é com o resultado cosmético e funcional. Mesmo tumores grandes podem ser removidos sem deixar grandes defeitos na face.

A- Carcinoma Basocelular em face. B- Delimitação das margens cirúrgicas. C- Remoção de todo o tumor mais uma margem de segurança de pele normal. D-Reconstrução do defeito cirúrgico.

Referências bibliográficas

  1. Olds CE, Pepper JP. Health Outcome Studies in Skin Cancer Surgery. Facial Plast Surg Clin North Am. 2019 Feb;27(1):163-170.
  2. Alam M, Waldman A, Maher IA. Practice and Educational Gaps in Surgery for Skin Cancer. Dermatol Clin. 2016 Jul;34(3):335-9.
  3. Fahradyan A, Howell AC, Wolfswinkel EM, Tsuha M, Sheth P, Wong AK. Updates on the Management of Non-Melanoma Skin Cancer (NMSC). Healthcare (Basel). 2017 Nov 1;5(4).

Autor:

Dr. Gustavo Alonso – Dermatologista

CRM 97410 – RQE 37815

Autor:

Dr. Gustavo Alonso

Dermatologista – CRM – SP: 97410 | RQE – 37815